Alerta para 2024: Saúde no Brasil Enfrenta Desafios Cruciais com Doenças Respiratórias, Dengue e Vacinação Infantil

Nos próximos meses, o Brasil enfrentará desafios significativos na área da saúde, com destaque para o aumento de doenças respiratórias e a necessidade de intensificar a vacinação infantil.

Aumento de Doenças Respiratórias

Entre junho e agosto de 2024, o estado de São Paulo registrou um aumento notável nos casos de resfriados causados por enterovírus e rinovírus. Em junho, foram 243 casos de enterovírus, comparados a 31 no mesmo mês de 2023. Em julho e agosto, os números também apresentaram elevações significativas. O Hospital Sírio-Libanês observou um aumento de 405 casos em junho de 2024, contra 84 no mesmo mês do ano anterior. Os enterovírus podem causar diversas doenças, como resfriados, quadros de diarreia, meningite viral, entre outros. Já os rinovírus são os principais responsáveis pelos resfriados comuns. A transmissão ocorre por gotículas expelidas ao falar, tossir ou espirrar, especialmente em ambientes fechados e durante períodos de frio. Idosos, crianças e pessoas com comorbidades são mais vulneráveis. Não existem vacinas específicas para prevenir essas infecções. A prevenção inclui cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar, manter-se hidratado, evitar contato com alérgenos e descansar adequadamente.

Folha de S.Paulo

Aumento nas Internações por Doenças Respiratórias

Um levantamento realizado em 27 hospitais públicos e filantrópicos do país indicou que, de janeiro a agosto de 2024, as internações por doenças respiratórias aumentaram 27,6% em comparação ao mesmo período do ano anterior. Esse aumento resultou em um custo adicional de R$ 11 milhões para os hospitais. Para lidar com esse aumento, os hospitais precisarão investir em estratégias de prevenção, como incentivar a vacinação contra doenças respiratórias e doenças sazonais, além de adaptar o planejamento para lidar com picos sazonais e eventos climáticos extremos.

UOL Notícias

Desafios na Vacinação Infantil e Epidemia de Dengue

O Ministério da Saúde identificou a necessidade de aumentar os índices de vacinação infantil, combater a epidemia de dengue e reduzir o impacto das mudanças climáticas na saúde como prioridades para 2024. A resistência à vacinação, evidenciada pela pandemia, levou o governo a implementar ações para reverter esse quadro, incluindo o uso de chatbots com informações sobre a segurança dos imunizantes e campanhas publicitárias com personalidades como a apresentadora Xuxa. Apesar dos esforços, a adesão à vacina contra o papilomavírus humano (HPV) aumentou apenas 30% entre 2022 e 2023, e outras vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI) não ultrapassam 80% de cobertura vacinal, enquanto a meta é de 95%. Além disso, o Brasil registrou 1,6 milhão de casos de dengue em 2023, com 1.000 mortes, e estima-se que até 5 milhões de casos possam ocorrer em 2024. Uma nova vacina contra a dengue, a Qdenga, foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) e está prevista para ser aplicada a partir de fevereiro de 2024, inicialmente para públicos prioritários devido a limitações na capacidade de produção e fornecimento.

O Globo

Impacto das Mudanças Climáticas na Saúde

As mudanças climáticas têm exacerbado problemas de saúde, como o aumento de casos de arboviroses, incluindo a dengue. O calor excessivo e as chuvas intensas, resultantes da crise climática, têm contribuído para a proliferação de doenças transmitidas por mosquitos. O Ministério da Saúde está monitorando esses impactos e trabalhando diretamente com estados e municípios para mitigar os efeitos adversos das mudanças climáticas na saúde da população.

O Globo

Esses desafios exigem uma resposta coordenada entre autoridades de saúde, profissionais médicos e a população em geral para proteger a saúde pública e minimizar os impactos dessas condições.

Desafios de Saúde Pública no Brasil em 2024

Reuters

Contrato com laboratório que errou testes de HIV é do governo do RJ

há 91 dias

Fontes

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